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31 de jul. de 2010

De Olho na Camâra de Guarulhos

SÃO PAULO - O Ministério Público de Guarulhos, na Grande São Paulo, denunciou à Justiça 18 pessoas, entre elas 12 vereadores da cidade, acu... thumbnail 1 summary
SÃO PAULO - O Ministério Público de Guarulhos, na Grande São Paulo, denunciou à Justiça 18 pessoas, entre elas 12 vereadores da cidade, acusados de usar notas fiscais frias para desviar cerca de R$ 600 mil dos cofres públicos. O esquema tinha a participação de Henri Diskin, o ex-funcionário dos Correios acusado de fornecer recibos e notas fiscais frias para justificar os gastos da verba de gabinete dos parlamentares, que era de R$ 5 mil mensais. Na última sexta-feira, o MP e a polícia cumpriram mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos vereadores, na Câmara Municipal e nas residências dos envolvidos.

O esquema teria ocorrido entre 2005 e 2006. Na denúncia, o promotor de Justiça Marcelo de Oliveira diz que os vereadores formaram uma "organização criminosa no interior da Câmara Municipal de Guarulhos, para o enriquecimento ilícito às custas do patrimônio público municipal." O MP diz ainda que os vereadores desviavam a verba de gabinete de R$ 5 mil, criada em 2001 para despesas com correio e com material de escritório. O desvio de verbas, no entanto, pode ter começado em 2001, segundo Oliveira.

De acordo com o promotor, os parlamentares usavam notas fiscais simuladas e comprovantes de despesas falsificados para justificar os gastos. Os vereadores usavam o correio de Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, a 30 km da Câmara Municipal de Guarulhos, para entregar correspondência, mesmo com uma agência a menos de dois quarteirões da Casa. O material de escritório seria comprado numa papelaria que funcionou em uma casa, na periferia de Guarulhos.

O promotor Marcelo de Oliveira diz que as investigações vão continuar. Agora ele vai tentar descobrir se o desvio aconteceu também em outros períodos. A suspeita é porque a verba de gabinete, para despesas com material de escritório e correio, foi criada em 2001 e extinta em 2008.

Durante a investigação, o Ministério Público encontrou recibos fraudados no valor de quase R$ 400 mil, e notas fiscais frias que somam quase R$ 200 mil. O esquema das notas frias e dos recibos falsos teria a participação dos atuais vereadores:
SÃO ELES:
Alan Neto, que é presidente da Câmara;

Paulo Roberto Cecchinato;

Wagner de Freitas Moreira;

Toninho Magalhães;

Edmilson Americano;

Eraldo Evangelista de Souza;

Girlenio Gomes de Oliveira, conhecido como Gileno;

Otávia da Silva Tenório;

Ricardo Rui Rodrigues Rosa;

Silvana Mesquita da Silva;

Unaldo Flores Santos;

Ulisses Correia.

Também são denunciados os ex-vereadores:


Edivaldo Moreira de Barros;

Eduardo Rodrigues Pereira da Silva, conhecido como Dudu;

Francisco Barros Filho;

Luiz Alberto Zappa;

Marcelo Albuquerque de Oliveira;


além de Henri Diskin, o ex-funcionário dos Correios. Todos estão sendo investigados por apropriação de dinheiro público, falsificação de documento, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Em nota, o presidente da Câmara de Guarulhos, vereador Alan Neto, disse que está aguardando o resultado das investigações com tranquilidade, que tudo foi feito dentro da legalidade e de forma lícita e isso será comprovado. Quem respondeu pela vereadora Otávia da Silva Tenório foi o advogado dela. Ele garantiu que a parlamentar não tem nada a temer.

O vereador Ricardo Rui Rodrigues disse que não participou de nenhum acordo ou esquema de corrupção na Câmara. O ex-vereador Eduardo Rodrigues Pereira da Silva, o Dudu, admitiu que enquanto era parlamentar, usava o material de escritório citado na denúncia. Mas disse que não era ele o responsável pelas compras.

O também ex-vereador Francisco Barros Filho disse que a prestação de contas do mandato dele está correta e que aguarda tranquilamente o final das investigações. Marcelo Albuquerque de Oliveira é hoje secretário-adjunto de Segurança de Guarulhos. Ele disse que só vai se pronunciar quando for procurado pelo Ministério Público. Silvana Mesquita da Silva também preferiu o silêncio.

Fonte: O GLOBO

GCM MORAES

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