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22 de dez. de 2011

Comandante da PM é Solto nesta Quarta-feira 21

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O comandante do batalhão de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, foi solto nesta quarta-feira (21) de madrugada por ordem da Justiça. Ele tinha sido preso na segunda-feira (19), acusado de corrupção pela Polícia Civil, que não apresentou provas do crime.

O coronel Djalma Beltrami disse que dormiu pouco nas 44 horas em que ficou preso. O comandante do batalhão de São Gonçalo é acusado pela Polícia Civil de receber dinheiro de traficantes para não reprimir o tráfico.

“Eu nunca recebi propina na minha vida, nunca participaria de nenhum esquema dessa natureza porque, em 27 anos de polícia, a minha história dá esse resultado. Eu nunca mandei ninguém falar por mim, nem nunca iria mandar ninguém falar por mim”, diz Djalma Beltrami.

Como prova do esquema de corrupção, a polícia apresentou na segunda-feira (19) gravações de conversas telefônicas. “Tem como eu aumentar o de vocês mil a mais e dar dez por semana para o ‘número um’, o comandante, entendeu? ‘Arregar’ ele também. Isso que eu quero fazer”, disse um traficante. (sic)

Na ordem de soltura, o desembargador Paulo Rangel considerou lamentável que a prisão tenha sido decretada sem observar o teor das escutas telefônicas. Segundo o magistrado, houve maldade da autoridade policial ao entender que ‘zero um’ só poderia ser o comandante do batalhão de São Gonçalo.

Não há registro de conversas do comandante nas gravações divulgadas pelos investigadores. No dia da prisão, o delegado Alan Luxardo afirmou que havia material contundente contra Djalma Beltrami. Nesta quarta-feira (21), o delegado não quis gravar entrevista, mas disse que tem outras provas para apresentar.

Uma outra gravação liberada pela polícia mostra uma negociação entre um traficante e um PM. Mais uma vez, não se trata de uma conversa do comandante Beltrami: “Anotei o número de sua viatura, vou mandar lá para o seu comandante amanhã, que ele leva quarenta mil aí. Vai acabar com o ‘arrego’ por causa de tu” (sic).

Ex-comandantes-gerais da PM e o presidente da associação dos oficiais visitaram o coronel na prisão terça-feira e disseram que as gravações apresentadas não são suficientes para incriminá-lo.

O desembargador que mandou soltar o coronel determinou ainda que o nome de Djalma Beltrami seja retirado da investigação. O coronel não foi exonerado do cargo de comandante do batalhão de São Gonçalo e disse que está à disposição do Comando-Geral da PM para voltar a trabalhar.

“Nunca fiz nada errado, estou convicto disso e por isso consigo colocar minha cabeça no travesseiro e ficar tranquilo”, declarou.

O Comando-Geral da Polícia Militar ainda não informou se o coronel voltará a trabalhar ou se vai ficar afastado.

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