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30 de jan. de 2014

Haddad diz que a GCM nao tem treinamento

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que vai estudar “circunstâncias” de como a Prefeitura pode agir na questão de ônib... thumbnail 1 summary
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que vai estudar “circunstâncias” de como a Prefeitura pode agir na questão de ônibus que estão sendo incendiados na cidade, mas negou a possibilidade de usar a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

O prefeito afirmou ainda que as concessionárias e permissionárias de ônibus têm “todo o interesse em cumprir a sua rotina”.



Nesta quarta-feira (29), um ônibus foi incendiado na avenida M’Boi Mirim, e já são pelo menos 30 casos na cidade no ano. “A guarda (civil) é do patrimônio imobiliário. Não tem treinamento para enfrentar pessoas armadas e dispostas a tudo para fazer valer a sua vontade. Nós vamos estudar circunstâncias, porque nós temos que dar resposta“, afirmou.

O prefeito disse ainda estar em contato permanente com a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT) e que, apesar do interesse das concessionárias em fazer seu serviço, há o problema de “colocar os passageiros e o equipamento em risco” forçando a entrada dos ônibus onde há ameaça. “Obviamente que a preocupação é enorme em relação a segurança das pessoas”, disse. 

O prefeito concedeu entrevista coletiva ao lado do secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. Questionado por um jornalista sobre o fato de moradores do Jardim João XXIII não permitirem a entrada de ônibus, Grella afirmou:  “com certeza, vão entrar.” 

O secretário disse que, após o incêndio de ônibus ocorrido nesta quarta, foram detidas cinco pessoas, sendo três menores e dois maiores de idade. Na terça-feira (28) o número de detidos foi de cinco menores de idade e três jovens com mais de 18 anos. Grella disse que determinou o aumento do policiamento. “Já houve essa recomendação. Vamos dar essa proteção“, afirmou.

Motivações 
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, afirmou nesta quarta-feira (29) ao G1 que a sequência de ônibus queimados em São Paulo virou estratégia de grupos para dar visibilidade a protestos com diferentes motivações.

"São motivações variadas. Ora por causa de enchente, ora porque uma pessoa foi morta, ora porque falta algum serviço público. São motivos diferentes", explica o secretário. "Nós estamos, evidentemente, preocupados com essa situação."

Grella disse também que apura se as ocorrências são provocadas pela ação de manifestantes ou se há ligação com grupos criminosos organizados.

Os ataques já prejudicaram 200 mil pessoas de acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Transportes (SMT).  Neste ano, 58 ônibus foram incendiados ou depredados na região metropolitana. O prejuízo das empresas é de cerca de R$ 500 mil por cada ônibus, que eleva o custo do sistema financiado pelas passagens pagas pelos passageiros e pelos subsídios da Prefeitura.

O secretário ressaltou que se reuniu, por iniciativa da própria Secretaria da Segurança, com representantes das empresas de ônibus na sexta-feira (24) e definiu ações que já teriam resultado na prisões de oito pessoas envolvidas em um dos incêndios.

O secretário diz que as regiões com maior incidência dos ataques foram a Zona Sul e a Zona Leste. "Já há uma orientação, desde o início da semana, para intensificar o policiamento e tratar esse tema com prioridade", disse o secretário.
O secretário disse ainda que apura se há ação de organizações criminosas nos ataques aos veículos. 

  "Nós não temos ainda uma definição. Acompanhamos as duas hipóteses. O setor de inteligência está procurando diagnosticar, mas nós não temos elementos para formar uma convicção: se é mero movimento ou se é manifestação de elementos criminosos", afirmou o secretário.

O secretário diz que não descarta ainda que a expectativa da realização de eleições tenha contribuído para que os ataques aos ônibus tenham sido intensificados. "Tudo é possível. A gente não pode descartar porque estamos vivendo um período novo. Os movimentos e os atos de violência do ano passado foram algo que não tínhamos vivido. Torcemos para que não, evidentemente, mas estamos acompanhando", disse. 

Reunião e estratégia 
Grella detalhou que, na reunião com o presidente do indicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), foram definidas medidas de apoio às investigações e também de prevenção.

O secretário preferiu não adiantar se a polícia vai repetir estratégia de colocar policiais dentro dos ônibus, para não revelar a estratégia policial adotada. "Ontem, por exemplo, houve prisão de oito pessoas. Três menores e cinco maiores, o que já foi uma consequência do que vem sendo implementado", disse.
Apesar de não ter o relatório final do caso, Grella apontou que os detidos vivem na própria região onde foram presos e que o ato teria relação com uma morte ocorrida em outro bairro. "São pessoas moradoras da própria periferia", disse.

"Até a semana passada, os casos ocorriam no final da tarde, exatamente para ter bastante visibilidade. Ontem já tivemos um às 14h, o que não era normal. E hoje estamos tendo outro que está acontecendo agora. E os motivos, as próprias empresas, revelaram que são variados. E colocar fogo é para dar visibilidade ao motivo da manifestação", disse.

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