Inicialmente podemos considerar como exemplo atual direto e característico de um estado de natureza, a crise entre o Estado de Israel e o Hezbollah no oriente médio, sem nos apegarmos ao contexto ideológico e político histórico que resultou nesse conflito entre os dois atores.
A intenção aqui é identificar um estado de natureza a partir de conceitos clássicos.
Em tempo real, Israel é um estado soberano, com seu território reconhecido pela comunidade internacional desde 1948, por sua vez, o Hezbollah não é um estado, mas pode-se afirmar que ele é uma nação Xiita, majoritariamente, mas não é um estado.
Teoricamente entendido como uma organização terrorista situada no estado do Líbano, o Hezbollah tem representação política no parlamento libanês e se autodenomina como um partido político.
A partir deste contexto pode-se dizer que a guerra entre Israel e Hezbollah no oriente médio não é uma guerra entre estados como tradicionalmente se conhece. (Machael Wallace Ataide)
Neste contexto e depurando os conceitos de Hobbes, obtêm-se “o que os Realistas destacaram como o conceito de estado de natureza e o compararam com o estado de anarquia no sistema internacional” (Nogueira e Messari, 2005, pg22, 23).
Existem, portanto três expressões freqüentemente usadas pelos Realistas que se completam; são elas: estado de natureza, estado de anarquia e anarquia internacional.
Convém relacionar essa problemática com a corrente e fracionada desestabilização do estado social em sua síntese, nas várias regiões do pais e do mundo em função de um mau ordenamento político e através das Stasis, em suma, a cada esquina explode um estado de natureza.
18 de mai. de 2009
08:44
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